À gosto
- Erik Reis
- 12 de ago. de 2024
- 1 min de leitura

Ontem estava comprando meu almoço quando o atendente me lembrou que era "Dia dos Pais". É muito estranho não me lembrar desta data e também muito representativo porque ela não faz nenhum sentido para mim a não ser me lembrar que não sei o que é ter um pai.
Atualmente com 42 anos tenho tido muitas reflexões sobre minha vida e fico tentando entender como é a dinâmica real de ter um pai em casa. Sei que a ficção fornece idéias românticas de conversas onde esta pessoa te apoia, te aconselha, te guia pela vida, ao mesmo tempo a realidade no Brasil é daquele cara que abandona famílias e deixa milhões de crianças sozinhas com suas mães que tem que se virar pra resolver o sustento e educação.
Enfim, quem é este ser, o "Pai? Eu nunca vou saber. As separações de antigamente separavam pais que não queriam ser pais.
Mas este texto não é sobre ser pai, é sobre ser filho, sinto falta de não ter alguém pra dividir os papos sobre o futebol, não ter quem levar pra almoçar, não ter com quem desabafar, não ter alguém que me olhe nos olhos e diga o quanto sou irritantemente parecido com ele, que reclame dos meus erros e que me ensine lições que me façam melhorar.
Isso tudo é apenas um devaneio, aos poucos me refaço e lembro que a minha vida foi construída no amor materno que foi aquele que não me abandonou.








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